sexta-feira, 12 de novembro de 2010

e tudo um dia muda...


Estou em casa, numa quinta feira, cheia de agitos, às 22:03, escutando Kings of Leon e chorando horrores, depois de uma longa conversa com minha mãe pelo telefone...
Escrevi ainda na faculdade, eram 20:45, na aula do Profº Alessandro, de matemática aplicada à Administração, e comecei observar minha sala, meus amigos, colegas e relembrar dos momentos que passei ali, com eles, que nunca sairão da minha memória... bons, ruins, quantas risadas, quantos olhares, conversas. E o ano está terminando, ah por que não aproveitei mais? Por que não me diverti mais? Por que, por que, por que's... todos sem resposta.
Mas mesmo assim me trouxe muitos aprendizados, e como já estamos em meados de novembro, também começo a me despedir da vida daqui, pois uns dias mais estarei abandonando a vida de abandonada, de morar sozinha. Talvez tenha sido a experiência mais mais louca, incomum que já vivi em 20 anos de existência (?), talvez a decisão errada, talvez a mais certa. Não vou embora pelo fato de estar desistindo e sim por não conseguir mais lutar contra alguns obstáculos que venho enfrentando desde o ano passado, o qual foi o pior, sem mais por que's.
A tristeza de deixar tudo o que construi até aqui é tão grande, tão pertubadora... amores, amizades, aprendizados, regras, a rotina, o menos-consumismo, o LIMITE. Já chorei horrores, já pedi, implorei para que tudo voltasse ao normal, que eu não precisasse ir embora e largar tudo, assim sem mais nem menos.
Brigas, lágrimas, mágoas e tudo mais que se acumula com o dito stress.
Parece tudo tão dificl, inanimado, triste quando não se tem perspectivas de futuro... falta alegria, disposição, amor e mais um punhado de coisas que perdi pelo caminho, ao longo dessa semana que se arrasta pra acabar e me trazer uma solução definitiva, ou provisória até o próximo mal súbito que eu tiver por conta dos problemas.
Não que isso seja uma trajédia imposta, mas está machucando, doendo cada dia que passa só de pensar em trancar a minha matrícula, encaixotar meus cacarecos, por minha trouxinha nas costas e voltar pra debaixo das asas dos meus pais.
Ah, que dor mais infeliz, só de lembrar dos meus planos, dos meus sonhos, da vida que planejei aqui... e TUDO o que eu queria fazer??????
Não vou mais, apenas vão ser lembranças que não vou querer guardar, por terem sido arrancadas de mim assim, tão repentinamente. Drama?? Não, um choque de realidade, pra ver se acordo e aprendo algumas lições de sobrevivência na 'selva' da vida. Provavelmente eu esteja abandonando a melhor fase da minha vida, em beneficio alheio, mas espero se recompensada, talvez não materialmente, mas de qualquer outra forma, por toda essa dor que estou sentindo no meu pobre coração, machucado, ferido, sangrando...


Carina Rhoden -

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